Sempre ouvi dizer que devemos aprender com as experiências dos outros, e é justamente isso que eu estou fazendo como “agregada” do Espead, sem atividade de tutoria. Não posso contribuir com experiências como tutora, mas devo dizer que as experiências dos colegas têm me feito refletir bastante. Sinto até certa familiaridade com situações que nunca vivenciei pessoalmente, graças a tantos relatos de experiências de alunos do Pead e de tutores que ouvi e li. Mas ainda assim, me pergunto: se eu fosse tutora e estivesse diante dos blogs, das atividades dos alunos, como interviria? Como incentivaria um aluno diante de seu momento de crise? Como estimularia o aluno que mostra ter excelente capacidade? A interação com os alunos na prática cotidiana ainda me parece ser um desafio imenso, pois mesmo sabendo com que filosofia o tutor agir, resta espaço para o imprevisível, para a necessidade de compreender as dificuldades dos alunos a cada momento e instigá-los a explorar seu potencial – tudo isso de forma não assustadora, mas sim, estimuladora. Imaginar é fácil, mas e a prática?
Não há receita pronta que funcione sempre para a atuação de tutor, por isso parece-me apropriada a decisão pedagógica da Faced: a partir da filosofia do curso deve-se refletir sobre cada atividade e sobre cada aluno como uma parte da construção do projeto do PEAD. Aprimorar as intervenções dos tutores é muito mais do que desenvolver uma técnica, é construir um projeto pedagógico de modo coletivo, como se tem feito nas atividades e nos debates com professores e tutores, nos quais ao mesmo tempo em que ficamos confusos, refletimos e aprendemos muito. Parece-me acertada também a decisão de fazer com que cada tutor tenha clareza do seu papel no conjunto do curso, pois, quando tiver dúvidas sobre sua atuação – caso a caso – não tentará resolver isoladamente, como se trabalhasse sozinho. No Fórum sobre “O papel do tutor no PEAD”, a Simone Rocha falou sobre o tutor estar em constante avaliação, tanto pessoal como do próprio sistema, e à luz da proposta pedagógica do curso. Mas, em seguida, a Geny S. da Silva expôs com muita propriedade suas dificuldades, que acredito traduzirem as dificuldades de muitos tutores. Entendo que a atitude da Geny mostrou que o tutor precisa ter a coragem de expor suas dificuldades e de pedir ajuda, como se dissesse: “eu não sei o que fazer neste caso, colega, professor, me orientem sobre isso, vamos dialogar”. Acho que é isso que os professores que projetaram esse curso a distância esperam: diálogo amplo, aberto e comprometido com a aprendizagem de todos. Afinal, a estrutura e a proposta pedagógica do PEAD exige grande integração entre tutores, professores e alunos.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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